terça-feira, 6 de dezembro de 2011

As Renas de Papai Noel (Conto de Natal)

As Renas de Papai Noel (Conto de Natal)

As Renas de Papai Noel
Conta-se que certa vez, no dia das Bruxas, que a Bruxa Catavento cansada das festas Natalinas, resolveu prender o Papai Noel numa armadilha em sua cabana no meio da floresta.
Com a proximidade do Natal e como Papai Noel havia sumido e ninguém sabia onde encontrá-lo, as Renas de Papai Noel resolveram procurá-lo de maneira incansável. Elas iriam dar voltas ao Mundo todo até achá-lo para o dia de Natal que já se aproximava.
As Crianças não poderiam ficar sem ele no Natal.
Procuravam nas praias cariocas e foram ao Cristo Redentor.
Depois voaram para as montanhas de Minas Gerais onde beberam um bom café. E na Bahia comeram acarajé e conversaram com os búfalos.
No frio da Argentina dançaram tango. E no Mar do Uruguai viram as focas marinhas, e no Chile subiam e desciam montanhas.
Para depois atravessarem o oceano e voarem pelo deserto do Saara. Vistoriaram todo o continente Africano e depois a China. Foram a Austrália e ao Japão. Pediram ajuda a todos os bichos e pessoas e com a utilização de novas tecnologias como o computador, pediram ajuda aos internautas. Mas nada de Papai Noel aparecer ou alguma pista de onde poderiam encontrá-lo.
Estiveram sobrevoando a Itália e comeram pizza.
Foram a Portugal e a Espanha. Na Noruega, Dinamarca e França. E ficaram meditando lá de cima da Torre Eifel, porque estiveram na Índia e aprenderam a ter calma e a meditar.
Mas o tempo corria. E já se aproximava o Natal. E nada de encontrarem o Papai Noel. Estavam tristes por jamais imaginarem um Natal sem a sua presença.
As Cidades esperavam sua visita e todas iluminadas, o que simbolizava a esperança.
Um dia as Renas de Papai Noel ficaram sabendo por um email recebido pela Bruxa Boa, que ele teria sido capturado pela Bruxa Cata-ventos que detestava o Natal. Então elas partiram imediatamente em disparada para a Floresta Gelada de Krainacoitian.
Era lá nas Montanhas distantes que ela morava.
E viram numa penumbra terrestre os vestígios da Luz azul avermelhada, e era este o local. Só poderia ser a casa da Bruxa Catavento Má com a sua magia contagiante.
Combinaram que bateriam em diversos lugares:
Nas duas portas, nas quatro janelas e em momentos diferentes.
Esse era o plano.
A Bruxa era uma só, e assim, ficaria atordoadas com tantas batidas de cascos ao mesmo tempo, em portas e janelas, as seis Renas já sabiam que ela não gostava de muito barulho.
E a Bruxa Catavento ouviu baterem à porta perguntou:
_ Quem está ai? Não vou abrir a porta!
_ Quem está ai? Não vou abrir a janela!
E as seis Renas batiam sem parar, na porta, na janela, na outra porta, na outra janela, com seus cascos duros fazendo muito barulho, até ficar insuportável até mesmo para uma Bruxa má!
E a Bruxa Catavento abriu a porta e já foi correndo abrir a janela da esquerda, porque já tinham barulhos de cascos de Rena por lá! E depois a janela da direita, as Renas eram ágeis e incansáveis, batiam seus cascos sem parar!
E assim uma Rena, vestindo o manto invisível de Papai Noel, enquanto a Bruxa abria as janelas, libertou o Papai Noel do porão encantado.
E quando a Bruxa percebeu, já estava ali sozinha, com todas as suas portas e janelas abertas. De onde saíram: a Tartaruga, o Corvo, o Morcego, os Marimbondos, as Cobras, os Sapos e todos os bichos também fugiram. Porque queriam neste ano, também comemorar o Natal.
E a Bruxa Catavento ficou ali olhando o silêncio da casa solitária em que vivia.
Papai Noel feliz e junto com as suas Renas, saiu gritando hohohoho!!
E foram comemorar mais um Natal alegre, com a festa da esperança e alegria para todos os seres do mundo.
_E a Bruxa?
Ela descobriu que Papai Noel, mesmo ficando preso e triste, deixou para ela um presente de Natal encantado. E quando ela abriu o pacote, encontrou pela primeira vez a felicidade que jamais tinha vivido. Por descobrir o significado do Natal. Ao receber um presente com o amor de Papai Noel, a Bruxa Catavento finalmente descobriu que o Natal significa: _ Amor e esperança pela vida e por todos os seres do planeta.
Fim
Gisele Santana, Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2011.

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